Neste gozo momento
Quero-te como canção ao vento
Livre, sonante, beijando rosto, tocando sol
No para sempre do céu
No azul do voo
Neste momento, azul radiante de céu, subúrbio de tarde e gente firme.
Neste, aceito que te amo.
Paixão arrebatadora em borboleta se abre calor do sol na pele em dia frio.
Amar calmo, das paredes amarelas banhadas de luz. Telhados ondulantes, brilho de asas coloridas perdidas no inverno.
Seu rosto, desenho vivo na estrada. Andejo.
Caminho conhecido, percorrido. Meu. Tão meu que te acho. És a vida revolta e bonita que surge a cada passo.
Amo-te
Não quero atalhos, retornos. Em frente se anda. Todo caminhar é novo, ainda que por caminhos antigos.
Amo-te em movimento
cor agem
des tino.
Andejar caminhos.
Ainda que o mesmo, dias a fio, noites, chão pisado conhecido, é sempre novo.
Confeitaria favorita, portal de mundos infinitos. Sinto o gosto de vida livre .
A jovem sorridente senta-se à tarde com a triste jovem que anseia cura, rovoltosa.
Hoje, no mesmo tempo e espaço, a mulher adulta sente o aconchego da casa em todos os sabores : café com manteiga, torrada, mesa, espelho de 4 faces. Frutas da época, o arco-íris a transpor os tempos-espaços , a viagem é para dentro, fundo, na alegria do instante.
E vem. Vida instante. Adensamento. Caminho.
Está latente.
"Decifra-me ou devoro-te!"
Tudo. Intensidade de brevinstante. Fica. Esvai-se. Volta. Envolta de prazer e ânsia.
No ar, suspenso, todos os dizeres.
Aqui, fundo, dentro, o que ainda não tem forma. Só força. Movente. Vida.