sábado, 17 de outubro de 2020

Mundo móvel, nunca meu
Povoado de sorrisos alheios
Muros a preservarem 
Nenhum calor, atrofia
Vazio, apatia, asfixia
Lixo e luxo
Morre-se de carestia

Ando
caminho de nenhum chegar
Penso
vagueio por domínios de Dioniso
Danso
com música de antes dos tempos

Poesia dura
Lágrima de deserto
Vermelho sangue
Rua

Todos à grande rua dos homens livres!
Todos à bruta fera destruidora de certezas!
Viva o devir, as palavras, o porvir da poesia!
Viva o homem, a flor, a cor, o amor e a revolução!