terça-feira, 29 de maio de 2012

Aquela menina que sempre precisou cultivar amigos como uma horta frágil, suscetível ao tempo;
Uma menina que nunca conseguiu construir sua personalidade ou auto-estima, apoiando-se sempre em imagens distorcidas do mundo.
Uma menina que sufoca a quem tem amor porque nunca conseguiu cativar pessoas que se importassem, pessoas que a considerassem humana o suficiente para se dividir algo.
Passa pela vida sem que alguém diga a ela que pode ser o que quiser, que nada disso importa, e que ela é importante na vida de alguém.
Aquela menina que precisa escrever para se encontrar. Pois não há ninguém que a ajude a desembaralhar esse emaranhado de vida.
Sobre a mesma menina, talvez, alguém em algum tempo futuro ouça dizer: "É, ela se atirou do décimo segundo andar.", e responda: "Aquela menina? Que pena, tinha simpatia por ela."

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quero poder sentir
Apenas sentir
Sem carecer de sentido
A volúpia do ser
Do estar
De você.