sexta-feira, 22 de julho de 2011

Há tempo não havia vazio,
o despropósito não encomodava,
a vida não era tão desejada.
Não há nada mais,
nem amor transloucado e
nem verdade na beleza,
as coisas são tão descartáveis quanto gente.
Lindamente, longamente, languidamente... meus l's vão se perdendo no horizonte impenetrável do pôr do sol.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Desabafo de inércia

Imobilidade. Não poder. Não crer.
Sem coragem de seguir, de transpirar... de respirar.
Desespero de nada mais almejar, de desistir. Não sou eu, o que resta é pura sombra.
O que persiste é a imensa angústia de não vislumbrar nada mais que gritos, insatisfação, desalento.
Sozinha, sem verdades, sem contentamento e sem poiesis. Quando a vida se esvai, o que povoa os pensamentos são os fantasmas da inércia, da impossibilidade. Não sou mais capaz de qualquer movimento.